Depressão Cláudia IPMA traz chuva, ventos de 110 km/h e alertas laranja. Veja distritos afetados e medidas de segurança.
Portugal está sob forte influência da depressão Cláudia, um fenómeno que promete dias de chuva intensa, rajadas violentas e grande agitação marítima. O IPMA e a Proteção Civil já emitiram vários avisos para prevenir riscos e proteger a população
O céu escureceu mais cedo do que o habitual. O vento começou a uivar nas esquinas, arrastando folhas, toldos e o silêncio de quem observa o inevitável. A depressão Cláudia, anunciada pelo IPMA, chegou com força, e Portugal está agora sob o impacto de um dos episódios meteorológicos mais intensos deste outono.
As previsões não deixam margem para dúvidas: chuva forte e persistente, rajadas que podem ultrapassar os 110 km/h e trovoadas serão a realidade de praticamente todo o território nacional nas próximas horas.
Atenção: o que está a acontecer agora
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) colocou o país sob aviso amarelo, que em vários distritos passará a aviso laranja a partir das 21h00. A lista é extensa: Aveiro, Beja, Castelo Branco, Coimbra, Faro, Guarda, Leiria, Lisboa, Santarém, Setúbal e Viseu estão no topo das preocupações.
De acordo com o climatologista Mário Marques, “a depressão Cláudia vai ter várias fases nos próximos dias, com o pico de precipitação logo após o almoço desta quarta-feira”. Já o vento, alerta, “soprará de forma muito mais intensa a partir de amanhã, com rajadas superiores a 100 km/h”.
Também a Madeira se prepara para sentir os efeitos da tempestade. Segundo o IPMA, a região enfrentará ondas entre 3 e 4,5 metros de altura entre a madrugada de quarta e a manhã de quinta-feira.
Esta depressão é mais do que um fenómeno passageiro. Está associada a uma forte corrente de humidade tropical e ventos do Sul, que aumentam o risco de inundações, quedas de árvores e cortes de energia.
O meteorologista Alfredo Graça, citado pelo portal Tempo.pt, explica:
“Cláudia é a terceira tempestade atlântica de grande intensidade nomeada nesta temporada, e está a canalizar para Portugal um fluxo acentuado de ventos húmidos provenientes do Atlântico Norte.”
O cenário é claro: chuva intensa durante a noite, trovoadas e rajadas violentas sobretudo nas regiões Centro e Sul, com destaque para Lisboa, Leiria, Setúbal e Santarém.
Saiba como proteger-se e evitar riscos
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) reforçou o alerta à população, divulgando recomendações práticas para minimizar os impactos da depressão Cláudia IPMA:
- Desobstruir ralos e sistemas de escoamento de águas pluviais.
- Fixar estruturas soltas como andaimes, painéis e toldos.
- Evitar circular ou estacionar junto à orla costeira.
- Adotar condução defensiva, reduzindo a velocidade nas estradas.
- Evitar zonas arborizadas ou ribeirinhas durante o período crítico.
- Retirar animais e veículos de áreas propensas a inundações.
Além disso, a Proteção Civil alerta para a suspensão de atividades junto ao mar, incluindo pesca desportiva, passeios à beira-mar e desportos náuticos.
Com o agravamento previsto até quinta-feira, é essencial manter-se informado através dos boletins do IPMA e das comunicações oficiais da Proteção Civil. As próximas 48 horas serão decisivas para avaliar a evolução da depressão Cláudia IPMA e os seus efeitos.
A situação deverá começar a melhorar apenas no final da semana, embora novas frentes frias possam voltar a afetar o país.
A depressão Cláudia IPMA é um lembrete poderoso de como a natureza pode mudar o rumo de um dia em questão de minutos. A prevenção e a atenção são as maiores armas da população perante fenómenos desta magnitude.
Proteja-se, siga as recomendações oficiais e partilhe esta informação com familiares e amigos — ela pode evitar acidentes e salvar vidas.
👉Como está o tempo na sua região? Já sentiu os efeitos da depressão Cláudia IPMA? Deixe o seu comentário abaixo e conte-nos como está a viver este fenómeno meteorológico!
